Votar em quem? Não em Sócrates.

Haveria duas razões essenciais para não votar no PSD. 
Em primeiro lugar este governo assistiu ao maior ataque aos direitos fundamentais e liberdades dos cidadãos na área da Justiça dos últimos anos. Um governo apelidado como neo- liberal, teve uma forte deriva autoritária. Isto foi muito grave, embora pouco denunciado. 
Em segundo lugar, ( ou talvez também em primeiro lugar) este governo deu poder ao Fisco e mudou as leis fiscais de uma forma que tornou o Fisco o inimigo número um do cidadão. 
Foi um governo desastroso para as liberdades individuais e deu um passo de gigante para voltar a tornar Portugal um Estado policial. 
O problema é que estas medidas não representam uma opção política, mas uma busca pragmática de mais receitas e a rendição à demagogia tablóide e apenas acentua uma tendência que já vinha de governos anteriores, designadamente de Sócrates.

Em termos económicos e financeiros, é um facto que a situação trágica de bancarrota do passado foi evitada e a economia melhora. Mas melhora assim-assim, de forma mais ou menos anémica. Não há uma explosão de crescimento. E percebe-se que a dita austeridade assentou essencialmente num roubo fiscal que foi balanceado pelas medidas que o Tribunal Constitucional não deixou passar e pela actuação de expansão monetária levada a cabo pelo Banco Central Europeu. Houve mérito do governo, mas não só. 

E o mérito maior foi do primeiro-ministro que aguentou com fortitude todos os embates, sobretudo a desistência de Portas. E foi nesse momento que salvou o dia.

Mais do que qualquer política, o momento chave destes últimos anos foi quando Passos Coelho não vacilou, quando todos vacilaram; não abandonou, quando todos abandonaram,;seguiu em frente quando todos baixaram os braços.
Se Passos Coelho salvou o dia, merecerá uma segunda oportunidade.

Porque a alternativa é o PS. E votar PS é votar Sócrates. E Sócrates é mau para Portugal. Não devido ao corrente processo ( que tendo coisas estranhas para ele, também não surge com muita consistência, nos jornais, por parte da acusação). 

O problema de Sócrates e do PS é o tempo em que foi primeiro-ministro e levou o país à falência, além de ter tornado o Estado de Direito um verdadeira farsa (com o auxílio dos mais altos dignatários da Justiça). 

Eu não quero este homem, que fechou uma universidade para esconder o segredo da sua falsa licenciatura, outra vez próximo do poder. Por isso, não voto nunca PS, apesar das vicissitudes negativas deste governo.

Não vale a pena falar das esquerdas folclóricas que se entretêm a discutir se uma das suas candidatas devia ou não ter aparecido nua na capa de uma revista. Pode aparecer 20 vezes nua se quiser. Só lhe fica bem, mas esvaziou qualquer discussão por essas bandas.

Marinho e Pinto poderia ter sido uma boa esperança, mas para já está num rodopio inconsequente e por isso não convenceu.

Portanto,....


Rui Verde

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