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A mostrar mensagens de julho, 2016

A verdade do caso Universidade Independente. A prisão do inspector da PJ que comandou as operações.

A imprensa noticiou com intensidade a prisão de Emanuel Briosa, o inspector da PJ. Esqueceu-se de noticiar que este inspector tinha sido condecorado por ter conduzido o caso Universidade Independente. Como se sabe por escutas, entretanto tornadas públicas, este processo foi acompanhado de perto por José Sócrates, porque envolvia a sua "licenciatura", em parceria com um então ministro do governo de Angola.  Como resultado do processo, a Universidade Independente em Portugal foi abusivamente encerrada, e a Universidade Independente de Angola ficou na propriedade do ministro Angolano.  Os verdadeiros detentores das Universidades ficaram sem nada: universidade, reputação, património. Como é habitual a imprensa entreteve-se a condenar as pessoas para sempre, e deixou (a) passar tudo em claro. Entretanto, a história vai-se fazendo.  Sobre Sócrates já se comprovou que a licenciatura é nula, e tal nulidade apenas não é declarada devido a um despacho "salvífico&quo

Anulação das sanções. Vitória?

Ontem, andaram os políticos em êxtase com a anulação das sanções que aí vinham. Todos foram heróis, como na selecção,foi uma vitória do grupo. O Presidente da República resumiu bem o entusiasmo. Cheira tudo a grande farsa... Presumivelmente, o governo Costa teve que ceder em pontos muito específicos que continuarão a limitar o orçamento português. E isto quer dizer que vamos andar neste folclore de fingimentos por mais uns tempos. Um finge que pratica austeridade, outro finge que sanciona, e no fim acabamos como na União Soviética em que uns fingiam que trabalhavam e outros que pagavam, e tudo caiu como um castelo de cartas. Temístocles Menor

Crónicas de Sete Rios: Trapalhices

Depois da fase das palhacices,entramos nas trapalhices. Entre a novela das sanções em que todos fingem que o que se está a passar não é o que se está a passar. E já agora, o que se está a passar é o uso do soft power por parte da Comissão para evitar que governos com orientação de extrema-esquerda e eurocéptica exerçam o poder em Portugal e Espanha. E a novela dos Bancos CGD e Novo Banco está-se a instaurar um profunda trapalhada. Obviamente, o ministro das finanças não tem "estaleca", nem credibilidade para garantir nada ou ir para algum lado.  O primeiro-ministro é politicamente muito hábil e continua a usar os seus truques mágicos, mas cada vez tem mais bolas a rodar no ar.  A solução natural era entregar o poder ao PSD e apoiá-lo, para mais uma vez tirar o país da trapalhada ( note-se que o PSD não é inocente nesta trapalhada, apenas percebe melhor a música que vem de Berlim/Bruxelas).  Mas isso, para já, é impossível. Assim, Costa tem 2 hipóteses:  Ou aguarda qu

Centeníadas. As desventuras do ministro das finanças

Algum elemento cósmico tem colocado os ministros das finanças socialistas recentes (Teixeira dos Santos e Centeno) como figuras trágico-patéticas de uma narrativa absurda.  Basta lembrar a cara de Teixeira dos Santos ao lado de Sócrates, quando numa noite de Primavera este anunciava a vinda da tão detestada Troika. A cara de Santos era dramática. Primeiro, traíra o país para agradar ao primeiro-ministro. Depois traíra o primeiro-ministro para agradar aos banqueiros, que lhe agradeceram recuperando-o para a vida pública poucos anos depois.  De facto, hoje Santos assumiu a presidência do Banco da sua homónima angolana,defendendo os interesses da ditadura ladra e passeia-se como grande senhor pelas televisões. Vergonha não lhe restou nenhuma. Francamente, malgré tout é preferível a determinação e combate de Sócrates que o sibaritismo de Santos. Agora temos outro doutor. Um Centeno que veio de Harvard e do Banco de Portugal. Figuras parvas já começou a fazer, com o riso estulto

Nice. Game changer. Guerra assimétrica e direito penal do inimigo.

Obviamente,que qualquer Estado não pode ficar a ver o seus cidadãos serem regularmente massacrados sem reagir. É o que o Estado francês tem feito. Esconde-se por detrás de uma retórica pomposa, mas deixa que o seu país se torne numa espécie de campo para um genocídio anti-ocidental. Certamente, que este atentado de Nice só poderá provocar uma mudança na atitude europeia face ao terrorismo.Não se trata de um caso de polícia. É um caso de guerra, guerra assimétrica, mas guerra. Não se ganha (embora também seja importante) com as declarações Je suis, e outras do género. Ganha-se com uma nova estratégia, que aliás começou a ser delineada por Bush e teria tido mais sucesso, se a obsessão do Iraque não se tivesse metido no meio. A guerra assimétrica terá 3 vertentes: o ataque militar às bases; a conquista dos corações e o secamento das fontes financeiras. É muito possível que se tenha que aplicar à situação aquilo que Gunther Jakobs denominou Direito Penal do Inimigo, segundo o qual qua

"Crimes" de Sócrates e o livro "Os Três Magníficos"

Portugal é um país de insulto fácil, em que a presunção de inocência não se aplica, a não ser a José Sócrates, depois de António Costa assumir as funções de primeiro-ministro. Fora isso, qualquer um que tenha o azar de cair na alçada da "justiça" portuguesa é imediatamente banido e condenado ao ostracismo. Estas considerações vêm a propósito de um livro recém-publicado  "Os Três Magníficos"  que explica de forma muito clarinha a triangulação estabelecida entre Lula, Angola e José Sócrates, com o BES pelo meio para o cometimento de crimes económico-financeiros que desgraçaram os países.  Ora a realidade, é que a análise efectuada nesse livro acaba de estar a ser confirmada pelas mais recentes iniciativas na Operação Marquês, quer relativas a estradas em Angola , quer relativas à PT . O que se parece confirmar é que José Sócrates terá feito parte de uma teia triangular de interesses que se estende ao poderio de José Eduardo dos Santos, em Angola, a Lula no Bras

As putativas sanções e a Política. Uma nova forma de golpe de Estado?

Acabado o Campeonato da Europa, somos brindados,todos os dias, com o campeonato da sanções. Todos peroram, os economistas fazem contas com décimas, os comentaristas procuram os planos B, C e mais outros, e a Centeno de Harvard nem o cachecol o salva. E na realidade, a história das sanções nada tem a ver com economia e finanças. É uma questão puramente política que tem um duplo objectivo: "Europeizar" o PCP e o BE e colocar o governo português actual "nos eixos". Nada mais. Vejamos o contexto. A intervenção europeia de 2011 teve um plano e uma história que se repetia. Sempre que a troika achava que nos estávamos a desviar do plano, abria a boca, com as habituais "fugas" e declarações (que agora se repetem), e o governo português reagia logo fazendo (ou fingindo fazer o que lhe mandavam) e assim as punições eram evitadas, e supostamente Portugal seguia o plano. A partir da saída da troika e sobretudo de meados de 2015, a percepção que se foi criando e

Crónicas de Sete Rios: Palhacices

A selecção portuguesa ganhou o campeonato que fugiu por um triz em 2004. Foi muito bom. Qualquer um, goste mais ou menos de futebol, está contente. O culto dos atletas é antigo, clássico, e não representa qualquer demagogia ou populismo o entusiasmo com o feito. Todavia representa a mais trôpega e inane palhaçada aquilo a que se assistiu ontem no Palácio de Belém em que os representantes do poder político se ajuntaram perdendo toda a dignidade para entregar umas folhas A 4 aos atletas...Um espectáculo tão deprimente só equiparável às caras de basbaque nos cumprimentos dos ditos aos desportistas, com os cachecóis aos ombros. Os atletas jogam, os políticos governam. Talvez fosse de não transformar tudo numa farsa. Aqueles que antigamente arrancavam os cabelos com o aproveitamento político que Salazar fazia do futebol devem estar ruborizados, ou não? Esta uma primeira palhaçada. A segunda palhaçada tem a ver com Durão Barroso, nunca um homem que alcançou tão altos vôos foi tão desp

Popular e popularucho. O Papa Francisco e o Presidente Marcelo

Qualquer católico céptico da Santa Madre Igreja reconhece no Papa Francisco o sopro do Espírito Santo e a tentativa de elevar a demasiado terrena Santa Sé a um patamar espiritual e de verdadeira preocupação com os pobres, os humildes e os vencidos da vida. A postura do Papa não tem sido só de conversa, mas de actos, fazendo jus ao velho provérbio latino "Facta non verba". Daí uma popularidade real, substantiva, de quem acredita num caminho papal que trará um mundo melhor, e uma mais santa Igreja. O Presidente Marcelo, que teologicamente se encontra nos antípodas do Papa, abraçando o tradicional conservantismo paternalista da Igreja Portuguesa, tem em comum com o ele a quebra do protocolo e a tentativa de alcançar a população e abraçá-la.Têm-se sucedido as iniciativas, as selfies, os bolinhos e os copos de vinho. Está tudo muito certo, mas há uma grande diferença. Sabemos o que o Papa quer e para onde vai. Apreciamos verdadeiramente o empenho dele nos pobres de Cristo. Não

O governo provisório de António Costa

Há semanas que não se fala noutra coisa: as eventuais sanções em que Portugal pode incorrer, no seio da União Europeia, por não conseguir controlar as suas contas públicas. Ou seja: as contas do Estado. Durante bastante tempo, e verdadeiramente nunca despareceu do discurso do Governo e dos comentadores, foi-se falando de um “plano B” para a economia nacional, ou seja, um conjunto de medidas que, na prática, reduzissem as despesas do Estado e conseguissem tornar as contas do Estado mais (auto)sustentáveis. O “plano A” seria o Orçamento de Estado deste ano, aprovado há poucos meses e já sob a sombra de um possível orçamento rectificativo. O actual Governo, o do PS com o BE e o PCP, não consegue apresentar um rumo estável. Quer antes, com as reversões de decisões políticas do anterior governo com impacto económico e orçamental e o jorro de benefícios, sempre de carácter económico e com impacto orçamental para grupos bem específicos, quer depois: todas as decisões que queira tomar fic

Os ladrões de oportunidades: Sócrates e Costa

Costa e Sócrates são "farinha do mesmo saco". Ambos perante um país em chamas só conseguem arvorar um sorriso estulto e dizer que está tudo no melhor dos mundos. A realidade é que se engana, eles estão certos. Com Sócrates assistimos ao desbaratar completo que as oportunidades criadas pelas taxas de juro baixas e a presença no Euro (moeda) permitiam. Tudo se traduziu em negócios sem valor acrescentado e negociatas com valor acrescentado para os bolsos de alguns, e redundou num país falido. Lá veio Passos Coelho, soldadinho obediente dos alemães; fez o que estes mandaram para recuperar o crédito e voltar a ter dinheiro. Pode-se discordar com ele e com os alemães, mas não se pode pensar que uma moeda como o Euro sobrevive sem o poder alemão por detrás e a garantia de fidúcia e restrição que esta oferece. I.e. o Euro é Alemanha, se queremos estar no Euro temos que defender uma moeda forte e seguir a Alemanha. Daqui não há retorno. A alternativa é sair do Euro. Mas enquanto,