Crónicas de Sete Rios: Palhacices

A selecção portuguesa ganhou o campeonato que fugiu por um triz em 2004. Foi muito bom. Qualquer um, goste mais ou menos de futebol, está contente. O culto dos atletas é antigo, clássico, e não representa qualquer demagogia ou populismo o entusiasmo com o feito.
Todavia representa a mais trôpega e inane palhaçada aquilo a que se assistiu ontem no Palácio de Belém em que os representantes do poder político se ajuntaram perdendo toda a dignidade para entregar umas folhas A 4 aos atletas...Um espectáculo tão deprimente só equiparável às caras de basbaque nos cumprimentos dos ditos aos desportistas, com os cachecóis aos ombros. Os atletas jogam, os políticos governam. Talvez fosse de não transformar tudo numa farsa. Aqueles que antigamente arrancavam os cabelos com o aproveitamento político que Salazar fazia do futebol devem estar ruborizados, ou não?
Esta uma primeira palhaçada.
A segunda palhaçada tem a ver com Durão Barroso, nunca um homem que alcançou tão altos vôos foi tão desprezado,em Portugal e em boa parte do mundo.Se Barroso fosse banqueiro, tivesse ido para a política e agora voltasse à banca, era normal. Esta coisa de despudoradamente ir para lobbista de luxo é mais uma palhaçada. Que seja feliz. Não é ilegal, provavelmente até é ético, apenas demonstra que Barroso não se leva a sério.
A terceira palhaçada é mais grave e resulta da fingida ignorância daquilo que verdadeiramente representam as sanções a Portugal (zero ou infinito). Mas isso será assunto para artigo de fundo.

Temístocles Menor

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