Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2014

CURTA- Sócrates e Universidade Independente

Está a ficar definitivamente claro que a Universidade Independente foi fechada para proteger Sócrates e a sua dita licenciatura. TM

TOMATADA

Eles elegem um papel... "Moção de estratégia do secretário-geral foi eleita por unamidade", escreve (mesmo assim) o "Expresso" sobre o congresso do PS. Já "unamidade" se perceberá que será "unanimidade" (mas porquê a distração?!). Agora... "eleger" uma moção?! Costa Cardoso

CURTA-Perturbação de inquérito e alarme social

O corrupio das visitas (praticamente todas elas em tom delirante, dos livros de filosofia em francês ao "Happy Meal" de ontem, passando pelo envelhecido Soares) ao Estabelecimento Prisional de Évora e as declarações públicas do ex-primeiro-ministro demonstram o que teria sido a manutenção em liberdade do arguido J. Sócrates: um comício "non stop" na Rua Castilho, o incremento das críticas populistas e "snobs" aos juízes, a co-incineração de António Costa em lume brando. É certo que o EP de Évora corre o risco de se transformar numa espécie de santuário e de lugar de romarias mas talvez seja melhor assim. Com o tempo pode ser que a comunicação social se volte a ocupar dos aspectos realmente sérios da "Operação Marquês" e que os fiéis se cansem. Se não for o caso, vamos ter uma bela "campanha negra" contra o Estado de Direito, organizada a duas mãos pelo detido e pelos seus apóstolos... Costa Cardoso  

CURTA-O Diabo está nos pormenores

Fazendo recordar os episódios conhecidos (por exemplo, no caso da "licenciatura") do relacionamento do agora recluso 44 com a imprensa), temos hoje o "Público" a dar-lhe voz numa declaração "exclusiva", só para o "Público", o "Diário de Notícias" a publicar a mesma coisa e a dizer que a tal declaração foi para a TSF, com o "Jornal de Notícias" a fazer de desmancha-prazeres e a asseverar que era um "comunicado às redacções". Excitados com a "exclusividade" da coisa, nenhum dos jornais reparou que o "comunicado" do ex-primeiro-ministro saiu depois da controversa visita que recebeu do ex-Presidente da República Mário Soares, contrastando de facto com a postura mantida desde a passada sexta-feira à noite.  É um pormenor significativo, pelo menos no domínio psicológico (eis uma análise que falta fazer...) e político. O "não metam o PS nisto", que ressume do "comunicado", parece

CURTA- A suspeita que não ousa dizer o nome

O ex-procurador-geral da República criticou publicamente o "processo Freeport" (ainda agora lhe chamou "fraude", na televisão), fez gala nas tesouradas que deu nas escutas do "processo Face Oculta", teve um almoço com José Sócrates a poucos dias da detenção do ex-primeiro-ministro em que procurou demonstrar com demasiada abundância que só falaram de livros e de viagens (até Évora?...), foi "apanhado" nas escutas da "operação Marquês" (segundo o "Correio da Manhã") e o inquérito do Ministério Público sobre violação do segredo de justiça ("Diário de Notícias") também parece visá-lo. Bem se pode citar Oscar Wilde para dizer que há nisto tudo uma suspeita que não ousa dizer o nome... Costa Cardoso 

CURTAS- Eduardo Dâmaso Superstar

O director-adjunto do "Correio da Manhã", Eduardo Dâmaso, fez da CMTV a emissão mais interessante de todas as televisões sobre este extenso fim-de-semana que terminou com a transformação de um ex-primeiro-ministro em recluso. Foi mais útil e mais interessante, apesar de às vezes se embrulhar nas palavras, do que a grande maioria das dezenas de convidados dos vários canais que, como já é costume, ninguém se preocupou em identificar enquanto falavam e falavam e falavam e falavam. Costa Cardoso

CURTAS- Do mal, o menos

O PCP já quis conquistar o poder. Agora basta-lhe conquistar um espacinho na comunicação social, meter aqui ou ali uma frase feita ou refeita, algumas palavras mais fortes, umas coisas que têm sempre mais forma do que conteúdo.  Seja qual for o assunto, Jerónimo de Sousa arreia o chavão e garante um título. Se há algum tipo de avaliação de desempenho lá dentro, existe decerto uma ficha semanal para preencher com os títulos ou os "soundbites" que o sempre bem penteado secretário-geral vai produzindo. De um lado (ele) e do outro (a imprensa pluralista), é uma espécie de "serviços mínimos". Costa Cardoso

ARTIGO- SÓCRATES E A JUSTIÇA

Não tenho qualquer dúvida que José Sócrates já devia ter sido acusado relativamente à sua licenciatura falsa e ao abuso de poder que constituiu o encerramento compulsivo da Universidade Independente. Não tenho qualquer dúvida que durante vários anos Sócrates foi protegido pelo poder judicial: Cândida Almeida, Pinto Monteiro e Noronha do Nascimento. Acredito que é absurdamente ridícula a história da compra do livro de mestrado por grosso. Esta história demonstra a fragilidade académica e a insegurança intelectual de José Sócrates. Mais do que milhões, ele queria ser um intelectual reconhecido. Isso nunca o será. Será mais um Benevides da vida, deslumbrado pelo pó dos veludos lisboetas, mas nunca alcançando a liberdade da mente e do pensamento. Mas, dito isto, e defendendo há muitos anos, a acusação e julgamento de Sócrates, é com perplexidade que vejo a comédia negra instalada à volta da sua prisão ( a detenção é uma prisão). E a questão não é a do mediatismo alimentado pelas m

ARTIGO- FRAGILIDADES

A detenção do ex-primeiro-ministro é um dos melhores exemplos de duas das actuais fragilidades da comunicação social. Ocorrida já muito tarde, pouco mais deu para títulos na generalidade da imprensa escrita de sábado. Da noite para o dia, os jornais de ontem transformaram-se em lixo. As edições de fim-de-semana e o "Expresso" ficaram desinteressantes. O "online" triunfou, com mais notícias mas, mesmo assim, muito pela rama. Só o "Sol" (obviamente bem abastecido de informações, antes da detenção ou mesmo em cima dela) é avançou mais. Hoje é um dia de luta na rua, digamos assim, com os vários jornais a competirem por pormenores e informações e o "Sol" em edição especial. Sabe-se já muito mas faltam duas coisas, entretanto: de onde veio o dinheiro do ex-primeiro-ministro que permitiu a acusação de corrupção? E há mesmo, como o "Sol" deu, um crime de falsificação de documento, ou documentos? Nas televisões, sem mais imagens do que ca

CURTA- O "Sol" a brilhar

No meio do turbilhão noticioso em torno da detenção para interrogatório do ex-primeiro-ministro José Sócrates há, é forçoso reconhecê-lo, um jornal que se destaca: o "Sol" conta todos os pormenores sobre as suspeitas de branqueamento de capitais, fraude fiscal e corrupção e revela quem são os outros três detidos. Está lá tudo (ou quase tudo...): as fortunas de Sócrates, os negócios em torno das casas da mãe, as movimentações de dinheiro vivo, a criação dos dois regimes de tributação extraordinária (os RERT) para uso próprio, a Octapharma, a compra das edições do livro que assinou sobre a tortura e, finalmente, a ligação suspeita ao caso do aterro da Cova da Beira, tendo tudo como pano de fundo o regresso das dúvidas sobre o modo como terá amealhado os seus dinheiros durante os seus anos de político. Um bom trabalho, para o que é necessário ter boas fontes. Ainda em torno do mesmo assunto, um destaque tipo menção honrosa para o "i" ("primo" do "

CURTAS- E as jornalistas?

"Há hospitais que querem saber se as médicas vão engravidar", indigna-se o "Diário de Notícias". "Havia um director de jornal que queria saber se as jornalistas iam engravidar", podia também contar o "Diário de Notícias", evocando um seu director de respeitabilíssima fachada que fazia o mesmo às jornalistas que contratava. Ainda lá está quem possa contar essa história. Costa Cardoso

TOMATADAS

Já fui a 8 dos 14 restaurantes premiados com estrelas Michelin. Alguns são bem mauzinhos, e nenhum deles é magnífico. MSB

Ou...ou

Belmiro de Azevedo, o destacado empresário que mantém o "Público" por filantropia ou porque precisa de ter alguma área de negócio no "vermelho", já deve ter pensado várias vezes se acabava com o jornal (que lhe dá prejuízo) ou se continuaria a financiá-lo. É uma lógica de "ou... ou...", inerente a qualquer ser humano racional que precise de tomar uma decisão e que queira, como sempre convém, pesar os prós e os contras. Para o "Público" não é assim e todas as decisões são lineares e, se têm a ver com o Governo, são eivadas de uma maldade imanente que obriga a desconfiar sempre. Só isso explica uma manchete como "Governo ponderou ajudar pública ao BES, apesar de ter dito o contrário", hoje publicada. Calcula-se que a directora do "Público" seja uma pessoa decidida e incapaz de ter a menor dúvida sobre o que vai fazer e capaz de decisões instantâneas que, não pertencendo ao Governo (nem a este nem, felizmente, a nenhum), s

CRÓNICA- O Desassossego

Acabam de dobrar os sinos a anunciar o meio-dia. Escondido na minha casa, vejo como abanam as ramas de um pinheiro manso. Lá fora, não só abanam as ramas do pinheiro manso; abana também o “caso BES”. No Parlamento falam da companhia Tranquilidade. Nada era tão tranquilo. Só o BdP é que não observava, então, a falta de sossego. Convenhamos, nesse caso, que o BdP não contribui para o bom repouso do cidadão. Se um polícia contempla um roubo ou uma agressão e não age; mal do polícia porque o clamor contra a passividade perante uma agressão ensurdeceria o homem ou mulher de farda. No “ caso BES” ainda não vi nenhum responsável da vigia do sistema bancário ficar com os ouvidos sem ação. Possivelmente, esta queda que trona a sociedade chegue a alcançar o nível de uma fita onde o terror; a avarícia; a anorexia dos responsáveis políticos; a intriga e a devassidão do sistema bancário sejam um enredo para ressuscitar um “ Outro Padrinho”. Eu vi o Padrinho, mas, nunca numa sala de Cinema. Sabia q

TOMATADAS

Imagino que as multidões ululem de satisfação com mais uns "importantes" presos. Mas deve- se perguntar: os arguidos não devem ser detidos apenas por 48 horas e não por 5 dias seguidos? O juiz de instrução cumpriu a lei? É que a lei dos jornais não é o Direito. Ou não era... Boa aposta, a nomeação de Anabela Rodrigues. MSB

CURTA-A vitória da irrelevância jornalística

Nos tempos áureos do PREC, o grupo maoísta designado por União Democrática Popular (UDP) criou uma organização para as suas mulheres chamada União das Mulheres Antifascistas e Revolucionárias (UMAR). Anos depois, a UDP foi uma das organizações que criaram o Bloco de Esquerda (BE) e, como o "antifascismo" e a "revolução" já pouco davam, a UMAR passou a ser a União Mulheres Alternativa Resposta. Desconhece-se, claro, qual a sua relevância social e qual a sua representatividade. Podem representar todas as mulheres do mundo, tipo Partido Ecologista Os Verdes (o aliado do PCP que nunca se apresentou a votos mas que tem lugar garantido no Parlamento) e podem ser duas ou três pessoas do sexo feminino que se representam a elas próprias. Mas isso não impede esta organização de ser citada na página um do diário online "Observador" (do jornalista José Manuel Fernandes que, afirmando algum rigor jornalístico, já foi da UDP) a propósito do anúncio do nome da indigi

CURTA- As verdades e as mentiras

"Reuniões suspeitas tramam ministro", escreve o "Correio da Manhã" sobre o agora ex-ministro da Administração Interna, referindo-se a escutas, a um pedido de bilhetes para um acontecimento desportivo, a uma viagem a Espanha e a um encontro com um chinês. O "i" escreve, por seu turno, que o ex-ministro foi "vítima das suas amizades". A verdade pode estar num dos lados, algures por aí, nunca se saber, ou saber-se apenas a parte que convém a quem divulga o que até pode ser, no momento, impossível de confirmar. Esta é mais uma das características do actual jornalismo português: a verdade pode nem sempre ser a verdade e até pode haver várias verdades; as mentiras, logicamente, estão sempre bem protegidas. Costa Cardoso

ARTIGO: Os eternos candidatos a Belém

As presidenciais ainda não estão ao virar da esquina, mas já há muito se vão cogitando nomes de candidatos.       Para minha decepção, e acredito, para muitos portugueses, os nomes veiculados, não trazem novidades.       O perfil de um candidato, ou melhor, pré-candidato, lançado sempre pela nossa comunicação social cada vez menos criativa, não tem conhecido grandes alterações.       Geralmente, temos um antigo Primeiro-Ministro (PM). Quem já liderou o nosso executivo, automaticamente, está lançado na corrida a Belém. Não haveria mal nenhum nisso, caso esses senhores de inegáveis qualidades políticas, tivessem governado Portugal rumo à prosperidade e desenvolvimento.        Ora, o que nós temos presentemente, é um país amorfo, completamente endividado, e pior que tudo, cavando ainda mais o seu próprio buraco. A quem é que nós devemos isso? Às brilhantes cabecinhas pensadoras que lideraram os nossos governos mais recentes. Como recompensá-los? Que tal hospedá-los em Belém por 5

ARTIGO- Marques Mendes. A essência do nada

O comentador e político ( ex e futuro?) Marques Mendes representa a essência do nada.  O nada que são os políticos e dirigentes nacionais. O nada é a sua vida. O nada é o seu currículo. O seu grande orgulho foi ter sido muito novo, por influência do pai, adjunto do governador civil de Braga. Depois, em virtude das ligações nortenhas e do feitio servil e hábil, alcandorou- se a postos minsiteriais com Cavaco Silva, que como já se viu tem um dedo especial para escolher colaboradores. Como ministro Mendes ficou conhecido por andar a altas velocidades sem cinto de segurança. E fazer bodyboard. De resto, articulou, coordenou e conspirou.  Saído do governo foi para a prateleira dourada da época- a universidade privada. Quem o conheceu na época diz que só traiu. Depois conseguiu liderar o PSD. O homem das articulações e conspiratas tornou- se num moralista. Assim, tramou Carmona Rodrigues e entregou a Câmara de Lisboa a António Costa. Até hoje... E que mais fez o Mendes? Tornou-

CURTA- Analfabetismo

Na edição impressa, o "Jornal de Notícias" (numa matéria sobre bebés prematuros) escreve "poucos gramas". Na versão "online" descamba para a burrice: "poucas gramas". "Grama", a unidade de peso, é masculino. São, portanto, muitos e muitos gramas de burrice e de puro e simples analfabetismo. Costa Cardoso

CURTA- Culpado por associação

Miguel Macedo foi, ou é, sócio de uma das pessoas "indiciadas" no caso dos vistos dourados. As diligências policiais visaram o ministério que tutela. Falou várias vezes ao telefone com outro dos "indiciados", quando este tipo tinha o telefone sob escuta. Portanto... é culpado. Portanto... devia estar preso. Este é o raciocínio (palavra tão adequada como afirmar que um equídeo raciocina) dos "indignados" das redes sociais. Não devia ser o da imprensa, nem dos jornalistas. Mas é o que se infere (o que é tão legítimo como o raciocínio dos jornalistas que participam na festa) dos títulos e das fotografias do "Diário de Notícias" do "Público". Por acaso, ambos, tidos como "jornais de referência"... Costa Cardoso 

CURTA- A corrupção jornalística

Esta tarde, no meio das notícias sobre a operação policial que visou suspeitos de corrupção no programa dos "vistos dourados", o "Diário de Notícias" escreveu taxativamente que o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, era um dos "visados". Horas depois, no mesmo jornal, desapareceu a "notícia" mas lá se põe o ministro com um dos detidos. Uma das detidas foi colega de Miguel Macedo na mesma sociedade de advogados. Terá sido essa a origem da associação? Ou há mesmo suspeitas sobre o ministro? Esta falta de transparência jornalística é também uma forma de corrupção... Costa Cardoso

TOMATADA

Um exercício que seria interessante fazer-se Os jornais que tanto destacam, e de forma mais carinhosa, a OPA da filha do presidente de Angola sobre a PT são aqueles que têm capitais angolanos? CC

CURTA- Se é "Governo" é mau

O marido da ministra das Finanças (e a qualidade conjugal não é cargo de governo, segundo me parece), que é jornalista, comunicou a outro jornalista por SMS algo como isto: "Não sabes quem é que eu sou. Metes a minha mulher ao barulho e podes ter a certeza que vais parar ao hospital".  É uma ameaça? É e deve ser repetida, nestes termos ou semelhantes (a base é o famoso "agarrem-me senão eu bato-lhe"), centenas de vezes todos os dias. Não é nada de novo. Pode dizer-se que não é elegante e que revela "maus fígados" mas não há ninguém, numa relação amorosa saudável, que não se irrite, em maior ou menor extensão, se alguém incomoda o cônjuge. O outro jornalista queixou-se às autoridades (será um julgamento interessante, se a queixa não for arquivada) e a coisa é primeira página nos vários jornais, tipo defesa colectiva da honra jornalística. É interessante, no entanto, que fique omissa uma outra "acusação" do marido da ministra: o outro jornali

CURTA- Roupa de papel?!

Escreve-se no "Diário de Notícias": "Com idades entre os sete e oito anos mas com vontade de vestir a rigor o papel de jornalistas..." Deve presumir-se que o pessoal do "DN" anda agora vestido de papel? E com o papel dos exemplares do jornal que ficam por vender, já agora? Ou que quem, no "DN", escreveu isto tem uma idade mental de "entre os sete e os oito anos"? Costa Cardoso  

TOMATADA

Indignidades: 1- A ministra da Justiça fez um alarido devido à sabotagem do CITIUS. Agora, o M.P. diz que não houve qualquer sabotagem. Só restaria um caminho à ministra. A demissão digna. Não o vai fazer. 2- Os Timorenses deram uma "chapada" a Portugal dizendo que os nossos juízes são incompetentes ( se calhar até são...mas isso será outra questão) expulsando-os como vulgares criminosos. Só restaria um caminho: o esfriamento das relações com Timor- chamada do embaixador para consultas, expulsão de alguns timorenses em funções oficiais em Portugal. Não se vai fazer nada. 3- Isabel dos Santos está a aparecer como salvadora da PT. Não há milagres.... MSB

CURTA- Legionella: branco é, galinha o pôs

Das três empresas de Vila Franca de Xira que foram obrigadas a fechar as suas torres de refrigeração, só uma põe um porta-voz a falar para a televisão: a Solvay Interox; as outras "não prestam declarações", como agora se costuma dizer. O homem que parece ser o infectado n.º 1 (fundamental para se perceber onde tudo começou) trabalhava numas obras na Solvay, antes de ir de Vila Franca de Xira para o Porto, onde se encontra internado. Se a água da rede pública de Vila Franca de Xira estivesse contaminada, haveria milhares de pessoas infectadas e hospitalizadas. Basta uma visita aos mapas da Google para perceber como o que pudesse existir nas torres de refrigeração da Solvay poderia afectar uma vasta área residencial por efeito de um golpe de vento. É pena que o jornalismo de investigação português tenha hibernado. Costa Cardoso

CURTA- O maior crime da CM TV...

... é o de lançar para diante das câmaras de televisão jornalistas, candidatos e aspirantes a e estagiários que ou nunca tiveram mais do que 30 minutos de formação para televisão ou são completamente burros. Percebe-se que a empresa do "Correio da Manhã" não tenha tido muito tempo para preparar o seu pessoal, ao contrário do que aconteceu com a SIC e a TVI, mas as suas prestações (sobretudo nos directos) são uma triste vergonha para o jornalismo português. Costa Cardoso

CURTA- Vamos dar um passo atrás

      Domingos Paciência, Paulo Sérgio e Paulo Fonseca. Três exemplos de treinadores que já treinaram um grande, e que actualmente seguem um trajecto semelhante. Esta época decidiram dar um passo atrás e dirigem equipas mais modestas do nosso campeonato.       Isso desprestigia-os? Talvez, num curto prazo, até porque dois deles já se aventuraram em projectos internacionais. A carreira de Domingos tem sido desastrosa desde que abandonou a cidade dos Arcebispos. Paulo Sérgio ainda fez uma gracinha na Escócia, ao vencer com o Hearts a taça daquele país. Quanto a Paulo Fonseca, passou de bestial a besta em apenas meia época!       Por vezes, temos de ser humildes e dar uns passos atrás, para posteriormente enfrentarmos novamente desafios mais aliciantes.       Nenhum deles sabe se terá novamente oportunidade de treinar um grande. Porém, não nos esqueçamos que os três são jovens, têm ambição e já demonstraram inúmeras vezes a sua competência.        Seja qual for o desfecho das su

CRÓNICA- PARVAMENTE CONFUSO

Leio a editorial de um grande jornal e estou a ficar parvamente confuso. A rica Isabel dos Santos lança uma OPA que pelo que se advinha e relatam analistas, é mais que uma OPA à empresa concreta (PT); é uma OPA labiríntica que lhe permite posicionar-se no poder de outra empresa, brasileira, e pela sua vez a rica Isabel dos Santos tem uma empresa que é rival da empresa “opada”. No entanto, este labirinto li-o também na notícia propriamente dita. O jornalista escreveu e descreveu esta incursão e quando a li não fiquei parvamente confuso. Mas ao ler a editorial fiquei; fiquei tremendamente parvamente confuso. Não entendo e não a entendi. O editorialista lança praticamente um urra porque a Isabel dos Santos travou ou dificultou a OI, empresa brasileira, na sua possível ambição de compra… Perguntei-me: qual a diferença ou onde está a vantagem para a PT e para os consumidores ou para o cidadão em geral que a PT passe para as lindas mãos da Isabel dos Santos e não para as não menos lindas

TOMATADA

Definitivamente Marcelo Rebelo de Sousa foi cooptado pelo presente poder angolano. MSB

CURTA- Teorias da conspiração

A falta de maturidade da imprensa em Portugal também se revela na inexistência de um jornal ou revista especialista em teorias da conspiração. O caso do surto de "legionella" podia, nesse âmbito, aparecer facilmente como um surto de ébola que estivesse a ser encoberto pela Direcção-Geral de Saúde. Costa Cardoso

CURTA- Pela independência da Catalunha, se a população quiser

As populações não existem para servir os Estados ou os países. Estes surgem para melhorar as condições de vida das populações. Na pré- história não havia Estados, nem países. Paulatinamente, as pessoas foram percebendo que se colaborassem e criassem instituições comuns a sua vida seria mais fácil. Este é o ponto essencial. Os Estados servem as populações e não as populações os Estados. Assim, se a maioria do povo da Catalunha quiser a independência, esta deve-lhe ser concedida, e se não quiser não lhe deve ser concedida. A Espanha é uma abstracção voluntária criada pela vontade de vários reis e guerreiros, mas pode ser desmanchada se a vontade que se impõe é agora outra. O importante é sempre perceber como é que as pessoas que vivem em determinado território pensam que vão viver melhor. Portanto, viva a independência da Catalunha, se for esta a vontade popular! Temístocles Menor

CURTA- A fome e a vontade de comer

Não sabemos como será longe das câmaras mas Marques Mendes, na televisão, parece ter-se transformado numa espécie de pitonisa, o que é óptimo para uma imprensa preguiçosa e praticamente incapaz de raciocinar. Eis como o "Observador" (que queria diferenciar-se dos outros jornais) apresenta o que terá dito ontem o pequeno comentador: - Luís Marques Mendes diz que a auditoria forense ao BES, ordenada pelo Banco de Portugal, “está pronta” e que pode ser “uma pedrada no charco”. As conclusões vão ser anunciadas no fim da próxima semana e o ex-líder do PSD diz que espera que esta investigação venha “esclarecer melhor” o que se passou no banco antes da sua queda. Já na política, o comentador afirma que, após apresentar a sua moção ao XX Congresso do PS, António Costa vai governar ao centro e quererá uma coligação com o PSD nas próximas eleições. Assim mesmo, de modo factual, como se o que diz Mendes anunciasse mesmo o futuro. Junta-se nisto, como se costuma dizer, a fom

CURTA- Porque é que se deve baixar as calças antes de ir à retrete?

É significativo que o jornal "i" publique hoje uma matéria sobre as questões legais, de aplicação da lei vigente, que explicam a impossibilidade de prender o banqueiro Ricardo Salgado.  O resumo "online" é este: "A lei não permite aplicar prisão preventiva a alguém por ser simplesmente suspeito de ter praticado um crime. Tempo da justiça não é tempo dos media, lembram juristas." Veremos os pormenores em papel, depois. O clamor pedindo a prisão de Ricardo Salgado animou o Facebook, muitos blogues, os ignorantes do costume, os maria-vai-com-as-outras do universo cibernético, pessoas inteligentes que adoram ser demagogas e até, pasme-se, o licenciado em Direito Marques Mendes (que também perguntou em público, na televisão, porque motivo não prendiam o banqueiro). Que a imprensa, num acesso de discernimento, se sinta obrigada a explicar os factos da lei é significativo. Por um lado, porque diz bem dos furacões de burrice desbragada que às vezes nos as

CURTA- Anda tudo doido?

1 - Manchete do "Público": "Troika diz que assim que se foi embora o Governo parou de se esforçar". A negregada "troika" é agora a heroína e a mais reputada das autoridades de avaliação do governo português depois de ter sido criticada ("Que se lixe a Troika" - lembram-se?) até à exaustão.  Independentemente de esta opinião poder ser correcta, dá que pensar como o mesmo jornal que diabolizava um e o outro enaltece agora na prática as virtudes do primeiro para diabolizar ainda mais o outro.  "O inimigo do meu inimigo meu amigo é" faz parte do domínio da política e não das regras que definem as manchetes de jornais oficialmente não partidários. 2 - Grande título do "Diário de Notícias" online: "Paulo Azevedo e Isabel dos Santos tentam realizar o sonho PT". "Sonho"?! Lembrando-me eu de como era o monopólio da PT, do modo arrogante de a empresa lidar com os seus clientes, da intimidade de c

TOMATADA

Antes de se criticar Merkel por dizer que em Portugal há licenciados a mais, deve-se ver quantos jovens licenciados estão desempregados e se são mais ou menos que os não qualificados, e quantos trabalham em sectores que nada têm a ver com a licenciatura. MSB 

TOMATADA

A expulsão dos juízes portugueses de Timor pode ter muitas razões políticas, mas deve servir para se reflectir em Portugal acerca dos juízes portugueses e dos seus erros que começam a ser constantes... MSB

CRÓNICA- Podemos é menos podemos

Não concordo com o dizer espantado que circula sobre a formação espanhola Podemos. As coisas, na realidade, são um bocado diferentes das leituras bombásticas que se fazem das sondagens. Podemos  atinge, de facto, na sondagem o 27% da intenção de voto, no entanto, a questão não está nesta ascensão, mas sim na queda estrondosa do chamado voto de esquerda capitaneado pelo PSOE e também pelo frente político do PCE (IU). O PSOE cai para o 20% e o PCE (IU) fica no residual 3,8%. Este pormenor diz-me bastante mais que o 27% de Podemos. Perante esta leitura podemos dizer que o PCE entra em fase terminal. Mas, a sondagem que provocou o furor e provocou manchetes em todo o mundo diz mais coisas e diz coisas muito mais interessantes, por exemplo: o desencanto estaria marcado pelo índice de abstenção do 20% mais a confusa habilidade do voto em branco e de outros partidos minúsculos do 18%. Podemos capitaliza, só, uma parte do descontentamento ou da indignação. No entanto, se formos à leitura da

ARTIGO- Fim de regime

Há, nestas coisas, uma impressão inultrapassável: um governo tem o fim à vista (ameaçado por uma crise política, pela movimentação dos seus opositores que o farão cair, pela contagem decrescente para as eleições legislativas ou apenas esgotado e incapaz de decidir e de aplicar decisões) e dele já nada se espera. Tem acontecido com frequência, sobretudo desde que em 1987 se abriu a época das maiorias absolutas. Os últimos meses de Cavaco Silva em 1995 foram penosos, Guterres saiu antes do fim e o ambiente era o mesmo, Santana Lopes viu-se num impasse cujo fim foi precipitado pelo Presidente da República, José Sócrates arrastou-se politicamente nos últimos meses pré-“troika” e agora é este. O governo de Passos Coelho e de Paulo Portas esgotou-se em termos políticos. Percebe-se que pouco mais decidirá, salvo o Orçamento de Estado para 2015 e, se o “timing” o permitir, ainda um Orçamento de Estado bondoso para 2016 por conta das eleições legislativas de Setembro ou Outubro de 2015. 

CURTA- Castelos na areia

O Governo prevê um défice, a Comissão Europeia prevê outra. Os telejornais espraiam-se em torno das previsões como se elas fossem factos históricos comprovadíssimos. E os mesmos que faziam campanha contra a "ingerência" da "troika", contra o "pacto de agressão internacional" e contra o FMI e todos os outros demónios do nosso mundo colam-se às previsões da Comissão Europeia para duvidarem das previsões do Governo. Como é que é possível discutir a este nível... previsões?! Costa Cardoso

ARTIGO- Salvar a PT?

As boas almas nacionais que se têm entretido nos últimos anos a dizer mal de tudo encontraram uma nova bandeira. Querem salvar a PT. Estaria tudo muito bem se se percebesse de que estamos a falar. O que é, hoje, a PT? Aparentemente, tem uma rede de telefones fixos, coisa obsoleta em geral, e que outras empresas também têm, uma operadora de telemóveis em concorrência com outras empresas e pouco mais, o portal SAPO, a MEO. Nos termos apresentados pela própria PT: "A atividade da empresa abarca todos os segmentos do setor das telecomunicações: negócio fixo, móvel, multimédia, dados e soluções empresariais". Não existe actualmete qualquer especificidade na PT. A PT é uma companhia como outras que operam em Portugal, VODAFONE, NOS. Na realidade, não existe em termos económicos qualquer diferença entre a PT e as outras companhias com as quais concorre. No passado não foi assim.É certo, mas hoje, depois de ter sido cash cow dos Espíritos, não passa de uma empresa de telecomunic

ARTIGO- Chega de tanta arrogância e falta de humildade!

      Bruno de Carvalho, José Mourinho e Jorge Jesus. Três personalidades muitas vezes associadas a competência, sucesso, revolução, irascibilidade, triunfalismo, entre outros predicados.       Não duvido que José Mourinho fique para a história como um dos melhores treinadores de sempre do mundo.       Não ponho em causa que Jesus deixará muitas saudades a alguns adeptos encarnados quando sair do Benfica.       Bruno de Carvalho, embora ainda sem títulos, deu um brutal safanão na estrutura e mentes leoninas. Em pouco tempo conseguiu granjear defensores indefectíveis, bem como ódios de estimação.       Será que eles são parecidos? Fisicamente, nem um pouco! Ao nível da personalidade, grosso modo, que eu saiba, são bem distintas.       Contudo, há características que eles “partilham”. A arrogância e a falta de humildade parecem estar constantemente presentes nos seus discursos e declarações. Não questiono que em muitas ocasiões tiveram toda a razão do mundo e até ganharam b

TOMATADA- Marcelo e a insustentável leveza e Mendes, o porta- voz.

Os comentários de Marcelo Rebelo de Sousa começam a caracterizar-se pela leveza e ignorância com que trata os assuntos: ontem, a afirmação que os angolanos deram um grande benefício ao BES com a solução que tomaram em relação ao BESA. Não deram. Varreram para debaixo do tapete uma  dívida de três mil milhões de euros; ontem, a afirmação que o Banco do Japão ia começar c inundar o mercado com liquidez. Já começou há muito tempo. O que vai fazer agora é uma operação estilo " big bang". Marques Mendes já nem disfarça que é o porta- voz da maioria limitando- se a debitar os guiões que lhe entregam. MSB

CURTA- O fim do mundo em cuecas

Definitivo, sem margem para dúvidas, um aviso sobre o fim dos dias, mais seguro e mais credível do que qualquer previsão meteorológica, bíblica ou seja lá o que for, um verdadeiro prenúncio de que vem aí o fim do mundo... em cuecas: eis um dos grandes títulos do jornalismo dos nossos dias, exemplo acabado de que tudo se pode escrever e afirmar num orgasmo de irresponsabilidade e sensacionalismo - "Taxa sobre sacos vai criar falências e desemprego". É no "Diário de Notícias", claro, com as letras pequeninas a dizer que a catástrofe iminente é prenunciada pela "indústria do sector", mais abreviadamente designada por "a indústria" que até fala como se de pessoa se tratasse. Costa Cardoso 

ARTIGO- A lei e a demagogia sensacionalista

A questão fundamental é esta: as leis existem e o seu desconhecimento não é desculpa para não as cumprir. No limite é isto: eu assassino o meu vizinho e acho que não devo ser penalizado por isso porque nunca li as disposições do Código Penal sobre o homicídio. Eis três casos onde a imprensa parece jogar um jogo demagógico de puxar à lágrima para viver depois da repercussão dos mesmos casos: - Há algumas semanas, foi o caso das dívidas dos condutores que não pagavam portagens que são geridas pelo Fisco e que, por via das disposições legais, iam sempre aumentando. - Há uma semana foi o caso da mulher que, depois de se desfazer de dois carros sem declarar o seu fim, foi penalizada com a penhora da casa por não ter pago o Imposto Único de Circulação dos dois veículos... que oficialmente ainda existiam. - Agora é o caso do papagaio de Aveiro que deve ter sido comprado a um traficante de animais exóticos e que, não tendo documentos e tendo ido parar às mãos de um serviço esforça

ARTIGO- O demagogo anticorrupção que acaba por talvez ser corrupto

Quem será o demagogo catastrofista Paulo Morais, que escreve no "Correio da Manhã" (onde é que havia de ser?...) e que parece chegar agora à televisão? Armado em cruzado anticorrupção, sem dizer ao que vem nem de onde veio, Morais permite-se as maiores pérolas de demagogia, ultrapassando mesmo Marinho e Pinto, que depois extasiam sectores da opinião pública e publicada que varrem o raciocínio para debaixo da carpete da sala. Como esta: "Mas, mesmo quando há condenações a prisão efetiva, como aconteceu no caso ‘Face Oculta’, com Armando Vara, este sai em liberdade. Porque o regime penal admite que um qualquer recurso suspenda a execução das penas.Por último, a promiscuidade entre política e negócios. Os políticos mais poderosos são cúmplices dos maiores criminosos de colarinho branco, e estes tornam-se intocáveis. Sabem que os subornos que pagam lhes garantem proteção. Neste jogo de monopólio, os maiores corruptos dispõem do cartão ‘você está livre da prisão’."

CURTA- Muita parra, uvas nenhumas

Num exercício típico do acanhamento e das limitações do jornalismo português, o diário "i" mostra como muitas parras escondem a ausência de uvas. Lança um título sugestivo ("Gays. O espaço público português ainda não saiu do armário") e depois envolve-se naquilo a que noutros tempos se chamava "palha", cita "casos" conhecidos e ouve psicólogos e especialistas em comunicação. É uma situação a que se podem aplicar o provérbio relativo aos "telhados de vidro" e o outro provérbio, o que ("et pour cause") que "quem tem cu tem medo". Costa Cardoso