O fim do jornalismo português(2)
Numa zona central da cidade de Caldas da Rainha, capital do concelho com a mesma designação onde moro, existe uma loja que é um misto de papelaria/tabacaria/livraria, de escolhas criteriosas e pessoas simpáticas. É aí que compro regularmente algumas revistas (cinema, inglesas, e de vinhos, portuguesas) e os jornais ao sábado. As publicações estão bem arrumadas e há uma particularidade significativa: os jornais (diários e semanários) estão num canto dispostos num escaparate à altura do tornoze e quem quiser ver-lhes as primeiras páginas tem de curvar-se. Ao contrário, as revistas “sociais” e de televisão (também “sociais”) estão na linha de visão de uma pessoa de estatura média, mesmo à direita da caixa e no que pode ser considerada a zona nobre da loja. Numa banca de rua, a poucos metros, onde o espaço está mais condicionado, os jornais do dia nem se vêem a um primeiro relance. Mas as revistas, “sociais” e outras, lá estão, bem à vista. O computador pessoal que uso, com o sis