Sondagens, função pública, compra de votos e má memória
O jornal “Expresso” e a empresa Eurosondagem têm sido, nos últimos meses, os únicos protagonistas de sondagens políticas que visam a posição eleitoral, ou pré-eleitoral, dos principais partidos e muito, ainda, em função das eleições legislativas de 2015. São, por um lado, as eleições mais recentes e são, por outro, as que deram origem à bizarra aliança governativa dos partidos derrotados contra os dois partidos que, organizados em coligação, venceram as eleições. A tendência registada tem sido constante: o PS vai subindo nas intenções de voto e o PSD vai descendo. São resultados que até podem ser genuínos (embora falta a prova de outras) e que, obviamente, alimentam expectativas de uma maioria absoluta do PS e o desespero dos adversários externos e internos do presidente do partido que efectivamente ganhou as eleições de 2015. Estas sondagens representam, em termos de intenção de voto, uma reviravolta: derrotado nas urnas quando era partido de oposição, o PS parece beneficiar do