O fim do jornalismo português (6)
Há alguns meses ficou a saber-se que havia políticos a viajarem (e presume-se que não só) a viajar à conta de empresas. Há alguns meses também, o “Expresso” anunciou que havia muita gente (da política, do jornalismo, das empresas…) a receber algo que se parecia com avenças de valor irregular por parte do Grupo Espirito Santo. Apareceram alguns nomes citados. Mas nenhum deles era jornalista. E, no entanto, sabe-se (e houve uma fotografia tirada na neve, com esquis, que circulou pelas redes sociais) que os jornalistas nunca deixaram de viajar por conta das empresas. Carros, vinhos, operações empresariais e governamentais no estrangeiro, conferências de imprensa, lançamento de filmes (e até já de séries de televisão), as vacinas contra a gripe são, por exemplo, algumas das situações em que, para garantir a presença (obviamente amável) da imprensa, as empresas e/ou as agências de comunicação oferecem viagem, estadia, refeições e até “gadgets”. Poderá considerar-se, nestes casos e no