Nice. Game changer. Guerra assimétrica e direito penal do inimigo.

Obviamente,que qualquer Estado não pode ficar a ver o seus cidadãos serem regularmente massacrados sem reagir. É o que o Estado francês tem feito. Esconde-se por detrás de uma retórica pomposa, mas deixa que o seu país se torne numa espécie de campo para um genocídio anti-ocidental. Certamente, que este atentado de Nice só poderá provocar uma mudança na atitude europeia face ao terrorismo.Não se trata de um caso de polícia. É um caso de guerra, guerra assimétrica, mas guerra. Não se ganha (embora também seja importante) com as declarações Je suis, e outras do género. Ganha-se com uma nova estratégia, que aliás começou a ser delineada por Bush e teria tido mais sucesso, se a obsessão do Iraque não se tivesse metido no meio.
A guerra assimétrica terá 3 vertentes: o ataque militar às bases; a conquista dos corações e o secamento das fontes financeiras.
É muito possível que se tenha que aplicar à situação aquilo que Gunther Jakobs denominou Direito Penal do Inimigo, segundo o qual quando a segurança da vida normal estivesse em perigo, deveria existir um Direito Penal especial draconiano, a que o Estado não sujeitaria os seus cidadãos, mas sim os seus inimigos.
De uma maneira ou de outra a França e o Ocidente não podem continuar a ver os seus cidadãos a ser massacrados quotidianamente e ficar de braços cruzados.

Temístocles Menor

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