A comunicação social tem alguma responsabilidade social?

As reportagens televisivas dos funerais dos três agentes de autoridade mortos a tiro por um caçador (condição unanimemente omitida) levantam sérios problemas de responsabilidade da imprensa, numa perspectiva muito simples: há coisas que devem ser transmitidas?
"Populares" e sindicalistas derramam-se em afirmações que sugerem que a morte dos seus camaradas até seria aceitável se fossem melhor remunerados, criticam a presença de membros do Governo nas cerimónias fúnebres (caramba, não fazem mais do que a sua obrigação!) e ouve-se mesmo uma mulher a criticar a ministra da Justiça (que parece não ter ido a estas cerimónias) se não for "rápida" a fazer "justiça" ao homicida... coisa que cabe aos tribunais.
Pode ser polémico defender a não divulgação de afirmações tão imbecis e ignorantes. Mas divulgá-las não será um contributo para a imbecilização e ignorância de muitos que assistem a estes desvarios?

Costa Cardoso

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