Refugiados em casa de Guterres?
Acredito por formação e convicção que devemos abrir as portas a quem precisa.
Acredito que as migrações fazem parte da história da humanidade. Umas tiveram aspectos positivos em geral ( a migração romana para a Península ou a Árabe) outras trouxeram destruição (Vândalos), mas vivificam e criam uma dialética histórica interessante.
Estou mesmo disponível para receber refugiados em casa.
No entanto, quando vejo alminhas a perorar na comunicação social acerca do nosso dever em receber refugiados, querendo-nos dar lições de moral fico revoltado.
António Guterres, aquele beato feliz que abandonou o país no pântano, que apadrinhou aquelas figuras de relevo chamadas Sócrates e Vara, que deixou o país deslizar para o endividamento suicida, vem-nos falar do seu palanque anafado de burocrata internacional dos deveres humanitários.
Não precisamos das lições de Guterres. Se ele quer ajudar, comece por receber refugiados em sua casa e dê o exemplo.
O mesmo se diga do discurso de ir às lágrimas de Marques Mendes proferido na SIC de Sábado. Muito bem. Também a este prócere do regime, o mesmo conselho. Se quer ajudar, abra a porta de casa aos refugiados, e não nos dê lições de moral.
E quanto às "organizações" profissionais que começam a surgir para ajudar e fazer o bem, talvez fosse bom começar por ajudar quem precisa nas nossas ruas e bairros degradados. Para fazer o bem basta olhar para o lado.
Rui Verde
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