“A perspetiva esboçada é reformista e choca-se com o marxismo-leninismo, ideologia assumida pelo PCP. A nossa época não se assemelha à dos anos em que Marx e Lenin – em contextos históricos aliás diferentes – sem rejeitar a luta por reformas, iluminaram o fosso intransponível que separa o reformismo da atitude revolucionária. O marxismo não é estático. A grandeza do leninismo é identificável precisamente pela capacidade de Lenin para inovar como estratego e tático, mantendo uma fidelidade intransigente a princípios, valores e lições do marxismo. Não encontrei essa atitude nas páginas da Resolução [proposta para o XX Congresso, a realizar] dedicadas à política patriótica e de esquerda na luta pelo socialismo.” Quem isto escreveu chama-se Miguel Urbano Rodrigues. Foi, e calculo que ainda seja, jornalista. É militante comunista há mais de 50 anos. Foi fundador e director do matutino “o diário” (que o PCP manteve). Ideologicamente, é ortodoxo. Rigidamente ortodoxo, como demonstrou ao ...
Costa e Sócrates são "farinha do mesmo saco". Ambos perante um país em chamas só conseguem arvorar um sorriso estulto e dizer que está tudo no melhor dos mundos. A realidade é que se engana, eles estão certos. Com Sócrates assistimos ao desbaratar completo que as oportunidades criadas pelas taxas de juro baixas e a presença no Euro (moeda) permitiam. Tudo se traduziu em negócios sem valor acrescentado e negociatas com valor acrescentado para os bolsos de alguns, e redundou num país falido. Lá veio Passos Coelho, soldadinho obediente dos alemães; fez o que estes mandaram para recuperar o crédito e voltar a ter dinheiro. Pode-se discordar com ele e com os alemães, mas não se pode pensar que uma moeda como o Euro sobrevive sem o poder alemão por detrás e a garantia de fidúcia e restrição que esta oferece. I.e. o Euro é Alemanha, se queremos estar no Euro temos que defender uma moeda forte e seguir a Alemanha. Daqui não há retorno. A alternativa é sair do Euro. Mas enquanto,...
No “Correio da Manhã” já se põe em manchete o aumento do IVA (“Governo resiste a plano B”) para 25 por cento, quando está agora a 23 por cento. O IVA é um imposto geral: aplica-se a tudo e os prestadores de serviços cobram-no (aos clientes, privados ou públicos) para o entregarem ao Estado. O público, em geral, não lhe pode fugir. Também no “Correio da Manhã”: “Ministro promete menos alunos por turma em 2017”. Ou seja, contratar-se-ão mais professores quando a tendência geral, de há vários anos, é de diminuição do número de alunos devido à diminuição da natalidade. E há mais: “Função pública recupera mais ordenado a partir de hoje”. No “Jornal de Notícias”: “Portagens no interior baixam para todos” (e o País todo paga), “Camiões de transporte de mercadorias vão ter gasóleo ao preço de Espanha nos postos de concelhos de Bragança, Almeida e Elvas” A política deste governo, com o aplauso do BE e do PCP, é assim: criar clientelas, beneficiar as já existentes, favorecer uns cont...
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