Cinco factos e uma pergunta

1 - Ontem, sexta-feira, houve buscas a várias empresas não especificadas no âmbito da "Operação Marquês" (o "caso José Sócrates").

2 - O deputado Paulo Campos, do PS, foi secretário de Estado do primeiro-ministro José Sócrates, ocupando-se das autoestradas (e das parcerias público-privadas, as tais consideradas ruinosas para o Estado mas boas para as empresas do sector, entre as quais o Grupo Lena).

3 - Alguns jornais noticiaram o pedido de levantamento da imunidade parlamentar do deputado Paulo Campos. A Procuradoria-Geral da República fez saber que não enviara nada desse teor para o Parlamento.

4 - A Procuradoria-Geral da República também garantira há vários meses, porque era facto, que o ex-primeiro-ministro não andava a ser investigado no "caso Monte Branco" e que não iria ser detido, o que, nessa data, repete-se, também era verdade.

5 - Como primeiro-ministro ou já "ex", e sendo verdade que está indiciado por corrupção activa (além de corrupção passiva), José Sócrates podia influenciar decisões mas não as podia tomar directamente.

6 - A romaria de dirigentes e outros altos quadros do PS (e agora da anunciada visita de António Costa, ex-ministro do ex-primeiro-ministro) à cadeia de Évora será só um conjunto de manifestações de solidariedade, amizade ou algo parecido ou algum receio de que o ex-primeiro-ministro possa arrastar outros na sua irreversível queda?

Costa Cardoso

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