A diferença...

... entre o jornalismo acéfalo e o jornalismo capaz de, dando notícia, interrogar a realidade é esta: a primeira modalidade limita-se ao título estatístico ("Utentes do metro enfrentaram vinte greves em dois anos", hoje no "Diário de Notícias") e a segunda tenta perceber o que conseguiram ganhar os grevistas com a sua vintena de greves.
Porque a isto e a muitos outros casos de agitação laboral está subjacente uma coisa (que só um jornalismo profissional e independente de poderes fátuos pode conseguir): qual é, em toda a sua extensão, o poder dos sindicatos e porque é que, no caso dos transportes públicos, são os "utentes" (eu, o leitor, todos nós, directa ou indirectamente) a sofrer os prejuízos de greves sem qualquer tipo de balanço e nunca o "patronato"?

Costa Cardoso

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