O impoluto "Expresso" entra na campanha
Título do "Expresso":
"Diga adeus à sobretaxa de IRS e olá ao Pixuleco"
Texto correspondente:
"Por cá, diga adeus à devolução da totalidade ou parte da sobretaxa do IRS. Quem o diz, indiretamente, é a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), ao afirmar que a meta orçamentada paras as receitas fiscais está em risco. Além de prever que o défice deverá ficar acima dos 3%, opinião partilhada por várias instituições internacionais, deixa a dúvida se de facto haverá espaço para a devolução do imposto extra e desdiz o que o governo tinha estimado. A conclusão da UTAO foi rapidamente contrariada pelo Ministério das Finanças, que acredita que, tal como aconteceu nos anos anteriores, as metas de cobranças de impostos vão ser atingidas e até ultrapassadas. Ou seja, reafirma que em 2016 irá haver alguma devolução. Verdade? Mentira? Muito provavelmente só depois das eleições saberemos. Mas pelas contas do Expresso a situação é positiva para o bolso dos contribuintes, para já."
Repare-se:
(a) o título é afirmativo;
(b) o texto remete a afirmação para o deselegante "Quem o diz é" e depois...
(c) é o próprio "Expresso" a contradizer... o seu próprio título.
(E o Pixuleco? Não sei. Pode ser uma expressão em código interno do próprio "Expresso".)
Costa Cardoso
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