Jornalismo vesgo como o Camões

Eis alguns títulos extraordinários em duas ou três semanas:

Quase 13 mil enfermeiros em fuga.
Cada família portuguesa pagou mais 1415 euros de IRS em dois anos.
Endividados - Deco atende 96 pedidos de ajuda por dia.
Contramão - 581 vítimas em quatro anos.
Cinco despejos por dia com rendas em atraso.
Câmaras perdem quase um milhão de euros por dia.
Destruídos 210 mil empregos em 4 anos.

É o tipo de contabilidade que faz delirar alguns jornalistas dos muitos que, na infância, foram vítimas quase mortais da Matemática: pega-se num número absoluto e procura-se o sensacionalismo, sobretudo, do "por dia", sem qualquer tipo de enquadramento e deslizando para o ridículo mais absurdo, quando não mesmo para o conflito com a realidade... ou para a demagogia política.
Os exemplos citados foram retirados do "Jornal de Notícias" onde perpetra como director o jornalista Afonso Camões, amigo do peito do ex-primeiro-ministro José Sócrates  de quem se teria esperado, se tivesse um mínimo de hombridade, que já não estivesse hoje nesse lugar.

Costa Cardoso  

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