Palermices portuguesas

1-Um sujeito académico de um instituto qualquer que queria dar nas vistas fez um estudo sobre Cristiano Ronaldo e conclui que este representava a melhor marca portuguesa ou coisa semelhante. O problema é que o académico está enganado. Ronaldo pode ter nascido em Portugal, ir passar férias à Madeira e saber falar português, mas o seu sucesso não é português. Antes de tudo é inglês. Foi em Inglaterra que ele maturou e foi lançado pela poderosa imprensa inglesa para o estrelato mundial. Depois apostou bem nos galácticos madrilenos. Ele joga bem, como devem jogar dezenas ou centenas por esse mundo fora, mas é a máquina castelhana, montada em cima da britânica que projecta o CR7 pelo mundo fora. Isto não lhe tira mérito nenhum, apenas evita palermices acerca de marcas portuguesas que não o são. O que teria acontecido a Ronaldo se tivesse permanecido em Portugal? Teria caído já há muito tempo, vítima da inveja e pequenez nacionais.
2-Choram por aí os abencerragens desta vida acerca da queda do preço do petróleo e dos problemas que tal acarreta para Angola e para as empresas portuguesas que vão deixar de receber. Mas, não deve Angola pagar as suas dívidas independentemente do preço do petróleo? Ou tem este país algum benefício que lhe permite ser caloteiro? Talvez seja bom obrigar Angola a cumprir a lei e cumprir contratos, coisa que se especializou em não fazer. Aliás, outra pergunta se coloca. Onde está todo o dinheiro ganho com o petróleo a preços superiores a 100 dólares? Não há um Fundo Soberano, não há reservas?
TM

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