Não queriam é que ele fosse Presidente da República...

Os patriarcas Mário Soares, primeiro, e Manuel Alegre depois já tinham feito a primeira sugestão: a de que, quarenta anos depois do 25 de Abril, Portugal tinha o seu primeiro preso politico. Ou seja, o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Agora, é o próprio que dá o passo seguinte, afirmando numa "entrevista": "este processo, pela sua natureza, tem contornos políticos. E digo mais: este processo é, na sua essência, político". A "entrevista" do "recluso 44" foi dada à TVI, dirigida agora por um jornalista que começou a sua carreira no PCP (em "o diário"), que foi depois director de um diário económico e que teve um alto cargo na EDP no tempo de Sócrates.
Ontem, o "Correio da Manhã" afirmava que (segundo  as escutas da "Operação Marquês"), Sócrates iria aproveitar o recente congresso do PS para lançar a sua candidatura à Presidência da República.
Neste processo de politização de um simples caso judicial (em que as formalidades legais impedem o poder judicial de responder à letra...) há de aparecer alguém a dizer que Sócrates foi detido para não poder ser Presidente da República. Já faltou mais.

Costa Cardoso

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