Cadernos da Nova Direita Liberal. Apresentação

O professor Nuno Garoupa discorreu recentemente sobre a necessidade de se apresentar uma nova direita com um pensamento actualizado para Portugal. Não podia estar mais de acordo. 
As experiências da direita no poder nos últimos 16 anos foram inconsequentes e acabaram em derrotas. 
A primeira experiência, aquela de Durão Barroso e Santana Lopes foi igual a zero, e criaram o político mais desprezado em Portugal: Barroso, e aquele que é menos levado a sério: Santana.
A segunda experiência, a de Passos Coelho, limitou-se a ressuscitar, e com isso entusiasmou alguns, o velho mantra salazarista das finanças equilibradas, e deixou vingar um certo activismo judicial ( o que não é de esquerda, nem de direita). É verdade que Passos Coelho se revelou um líder interessante e determinado, mas o gosto final destes anos é amargo.
Hoje a direita não apresenta nada para Portugal, apenas a manutenção das políticas salazaristas (curiosamente também mantidas no essencial pelo governo das esquerdas). Se é verdade que as finanças públicas equilibradas são uma mais-valia para um país, sé verdade que Sócrates levou o país à falência, e que não havia muito mais a fazer senão começar com uma travagem abrupta, é também verdade que a governação e a ideologia não podem ficar pelo equilíbrio das finanças ou pela defesa dos interesses instalados. 
Por isso, fundamentalmente, é necessário um novo comprometimento da direita.
Esse novo comprometimento começa por assinalar os postulados  básicos de partida e que são sempre:
A direita é pró-mercado, pró-direitos de propriedade e pró-crescimento. A direita é individualista, empírica e de mente aberta, tem uma visão do mundo global, e é optimista sobre o futuro, estando focada em mudar o mundo para melhor.
A direita promove impostos baixos e simples, porque quer crescimento económico e dar às pessoas mais poder sobre o seu dinheiro. São os  indivíduos e não o Estado quem escolhe para onde o seu rendimento vai. 
A direita  promove a concorrência na área da saúde, educação, e outros serviços públicos, porque quer tornar essas áreas melhores através de um processo de experimentação e de escolha individual. A direita é a favor  da globalização e de um sistema de imigração liberal porque quer elevar os padrões de vida das pessoas em todo o mundo através do comércio e do investimento.
Estes são pressupostos básicos clássicos da direita liberal e que reafirmaremos e desenvolveremos em Portugal nestes Cadernos da Nova Direita Liberal.

Rui Verde

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