Jornalismo de causas VI: só pode ser mau, mas é preciso reconhecer que às vezes não é

Título: "Economia portuguesa não acelera mas confirma crescimento de 0,9% em 2014". 
Lead: "Foi a primeira vez desde 2010 que a economia registou um crescimento anual positivo. Nos últimos meses de 2014, contudo, Portugal não acompanhou tendência europeia de aceleração."
O que devia vir em primeiro lugar, por ser "novo" e como tal ser "notícia" (as duas palavras estão ligadas) e reconhecer o jornal ser "a primeira vez desde 2010", seria o crescimento da economia portuguesa, de 0,9 por cento, no ano passado. Mas como isso é uma "boa notícia" para o Governo (e para o País, já agora), o título inverte a realidade: "não acelera". E só depois reconhece ("mas...") que houve crescimento.
E onde é que foi isto? No "Público", pois claro, que devia garantir a Belmiro de Azevedo uma comenda, um elogio, uma coisa qualquer vinda da esquerda pelo seu acto de benemerência de suportar um jornal que só dá prejuízo e que, na prática, combate a sua própria actividade económica, a um nível tal que deveria pôr muita gente a perguntar se esta aventura "jornalística" do patrão dos supermercados Continente não será uma forma de branqueamento...

Costa Cardoso 

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