Os (des) entusiasmos das presidenciais

Marcelo ganhou, era previsível. Confirmou a teoria do falecido Rangel que terá dito que a televisão pode fabricar um Presidente da República, como promove uma marca de sabonete, mas também a desconfirmou, porque Marcelo sempre foi mais que uma homem da televisão. O que a televisão terá feito foi modificar a percepção pública que havia de Marcelo como Mefistófeles, errático e desleal. Tornou-o num avôzinho inteligente e simpático, amável e afectuoso. O que não foi pouco.
Duas coisas foram estranhas nas eleições: a elevada abstenção e a falta de comemorações populares na noite de Domingo. Não houve buzinas, multidões, apenas encenações.
Na realidade, não houve entusiamo. Nenhum. Apenas conformação. É Marcelo, pronto. Menos mau.
Pedro Passos Coelho traduziu esta sensação com o discurso fúnebre que realizou.
Definitivamente, este foi uma espécie de acto fúnebre de uma democracia pouco participativa.

Rui Verde

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