A campanha dos disparates demagógicos (4)

Paulo Morais, “o candidato que por cada pontapé numa pedra da rua ou por ter pisado cocó de cão descobre um corrupto” (na divertida apreciação do comentador e jurista João Gonçalves), voltou a garantir, há dias, que, se fosse Presidente da República, demitiria um governo se o primeiro-ministro “mentisse” ao povo porque estaria “em causa, do meu ponto de vista, o regular funcionamento das instituições, circunstância na qual, nos termos constitucionais, o Presidente da República pode e deve demitir o Governo”. 
Já antes disto, chegara a dizer que faria o mesmo se um governo saído de eleições não “cumprisse as promessas” feitas nas eleições.
É mais um exemplo: ou não conhece realmente as competências presidenciais ou então, conhecendo-as, Morais está a prometer ao eleitorado ignaro uma coisa que não pode cumprir e apenas para ganhar votos. No primeiro caso, é disparate. No segundo, é demagogia. Não há cabeleira esfusiante que o disfarce.


Pedro Garcia Rosado

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