Panama Papers. As tolices do costume

Nem acredito no histerismo que se instalou a propósito de uns papéis que vieram, não se sabe como e de quem ( e talvez um bom investigador começasse por aí) acerca de umas off-shores constituídas através de uma firma de advogados no Panamá.

Há umas afirmações óbvias a fazer:

1- Toda a gente sabe que existem off-shores.
2- É importante existirem off-shores para evitar o peso arbitrário e excessivo do Estado.
3-Existem milhentas firmas que constituem off-shores.
4-Off-shore não é sinónimo de ilegalidade.
5-É nos países ricos como os EUA, o GB ou Luxemburgo onde existe o maior número de possibilidades legais de constituir empresas tipo off-shore. Não é no Panamá ou nas Caraíbas. Essas dão muito nas vistas.
6- A excessiva estatização das actividades e  o confisco fiscal que os Estados modernos falidos estão a fazer, são entre outros, boas razões para se constituir off-shores.

Obviamente, que a divulgação destes papéis tem algum interesse concreto: colocar em causa os líderes russos e chineses? Permitir mais legislação que controle a vida e as finanças das pessoas? Ou outro qualquer.
Contudo, não é um trabalho benemérito, mas uma coscuvilhice inaceitável.
Não tenho dinheiro em off-shores, mas percebo quem tenha. E também sei que muitas off-shores servem para cometer crimes,lavar dinheiro, colocar o saque de governantes feitos a países. São estas que devem ser investigadas e não arranjar-se uma confusão enorme.
O Expresso noticia hoje uma história sobre Bo Xilai. Acontece que essa história é velhinha, Bo está preso há algum tempo. Portanto, onde está novidade. Este tipo de notícias recicladas cheiram a esturro.

Temistocles Menor

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