Uma asneira generalizada

Não me parece que as empresas anunciantes e as empresas jornalísticas que querem fazer o render "online" estejam a perceber a asneira: a imposição de publicidade (sejam a recente campanha vermelha,  os "pop-ups" e todas as inserções marotas onde se distingue mal a cruz de "fechar") em massa não é muito compatível com os hábitos dos leitores "online". Nem, tão pouco, com computadores com versões menos recentes de programas que são quase imprescindíveis para ultrapassar o escolho desses anúncios.
O leitor "online" que seja inteligente não fica preso a um só jornal. Mesmo que não acredite nas "notícias ao minuto" e numa multiplicidade de sites que apenas replicam notícias que tanto podem ser de agora como do ano passado, pode passar à frente, ir ver apenas as primeiras páginas, procurar outra coisa qualquer.
Percebe-se o desespero das empresas jornalísticas de captarem mais publicidade (porque não são as vendas que dão dinheiro e talvez nunca mais venham a ser) mas isso não é motivo para taparem o que ainda têm de jeito. E é o que estão a fazer.

Costa Cardoso

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