As mentiras sobre a Universidade Independente. Uma refutação.

De temps en temps uma figura profere aquilo que considera ser umas "verdades" sobre a Universidade Independente.

 O mais recente proferidor foi o licenciado Fernando Esteves no seu livro sobre José Sócrates intitulado "Cercado". 

No capítulo acerca da licenciatura do infeliz primeiro-ministro diz, e resumindo, que os dirigentes da Universidade liderados pelo seu reitor Luiz Arouca se dedicaram a enriquecer e a levar vidas faustosas à custa desta, tendo pelo meio sido preso o seu vice-reitor Rui Verde. Para comprovar tais afirmações, o autor Esteves cita um acórdão da Relação.

A realidade é bem diferente. 

Dois dos principais dirigentes já morreram, sem terem direito a uma justiça que lhes limpasse o nome e a honra. Luiz Arouca,o reitor, teria alguns defeitos e um deles foi associar-se a Sócrates, mas era um homem com um intelecto intenso e uma vontade de criação enorme, e certamente não enriqueceu nem viveu uma vida faustosa.A António Labisa, também morto, não lhe conheci defeitos, era um homem íntegro, sub-secretário de Estado de Marcello Caetano, administrador do Banco Mundial, secretário- geral do Banco de Portugal; não levava uma vida faustosa. 

A prisão de Rui Verde foi uma prisão preventiva realizada a 21 de Março de 2007,o dia em que as questões da licenciatura de Sócrates estavam ao rubro (como aliás se refere no livro). O motivo da prisão referido pelo juiz foi a não explicação cabal do Apenso 9 D( o apenso referente à licenciatura de Sócrates...). Meses depois um acórdão do Tribunal da Relação mandou-o libertar, por a prisão estar ilegal. 

Até hoje Rui Verde não foi julgado nem condenado. O acórdão da Relação a que se faz referência no texto é sobre ex-mulher de Rui Verde e todas as menções aí feitas a este ou outras pessoas são ilegítimas. Ele não foi aí julgado, não foi ouvido, nada de nada. Tal aliás é do conhecimento público.

É verdade que na Universidade Independente houve uma disputa entre sócios, mas o grande problema desta Universidade foi o envolvimento com José Sócrates.

É hoje claro que a questão da licenciatura marca o início do fim deste primeiro-ministro e que este fez tudo o que estava ao seu alcance para evitar a divulgação e confirmação do assunto. Só não vê quem não quer.A questão que fica é porque é que o jornalista dr. Fernando Esteves não viu? 

Rui Verde