Quase de certeza...

... que, um dia, um académico fará um estudo sobre a nova forma de sensacionalismo institucional da imprensa portuguesa e o modo como se repercutem, de modo absurdamente acéfalo, nas chamadas "redes sociais", os títulos e as impressões mais erróneas deixadas pelo jornalismo que não consegue raciocinar.
O caso, que já aqui abordei, do Fisco que aborda os contribuintes (empresas, como ontem se percebeu numa reportagem da TVI, que pagam jantares de amigos...) para lhes reclamar créditos devidos a empresas com dívidas ao Estado, é só o mais recente.
Este jornalismo sensacionalista de novo tipo fica-se pelos títulos alheios, vai atrás da coisa porque lhe "cheira" a qualquer escândalo e prescinde de qualquer tratamento sério do assunto.
Depois, tanto por gente iletrada que não consegue pensar como por detentores de grau académico com objectivos próprios, o que é um título sensacionalista sem qualquer tipo de suporte na realidade das coisas transforma-se na tal informação "viral" que, mesmo que esclarecida ou corrigida, reemerge como actualíssima quatro ou cinco anos mais tarde.
E até custa a crer que isto não impressione os bem-pensantes do costume. Que, aliás, e às vezes, alinham cantando e rindo no disparate.

Costa Cardoso  

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