O triunfo dos burros?

Lê-se, relê-se, e não se acredita. Aquelas almas que ocuparam o Ministério da Educação querem realizar mais uma reforma educativa. Para quê? Este ano saíram os resultados do PISA, e uma das principais conclusões desses resultados era que Portugal estava no caminho certo. Se está no caminho certo, para quê mudar? Algum exercício de onanismo intelectual?

Como se não bastasse, a reforma anunciada pretende cortar horas em Matemática e Português, e aumentar em Ciências Sociais. Comecemos por este disparate imenso. Desde, pelo menos 2002/2003 que a grande "luta" dos interessados em assuntos de educação em Portugal foi reforçar o ensino das competências básicas,como escrever e contar, que se aproximavam do grau zero. Para tal foi reforçado e muito bem o ensino do Português e da Matemática. Só sabendo escrever, contar e raciocinar é que se pode ir mais além. O ensino devia-se concentrar em aspectos básicos e essenciais. Este caminho estava certíssimo. Agora, querem-nos introduzir Ciências Sociais. Para quê? Desde logo, muitas Ciências Sociais são exercícios intelectuais estimulantes, mas não passam de vodoo, mas não sendo essa aqui a discussão, o importante é que não se vê qual o ganho na educação com mais Ciências Sociais, que objectivos são procurados? É fugir do rigor, e voltar a cultivar a "conversa fiada". Esta reforma claramente é mais um retrocesso.

Outra peça brilhante da anunciada reforma é a criação de uma disciplina de Educação Cívica. Isso é uma coisa fascista ou comunista. O Estado não tem que educar o cidadão, o Estado tem que dar espaço à família e à sociedade para lhe incutir os valores cívicos comunitários.

Até agora só temos visto burrice nesta equipa da Educação. Chega. Não queremos mais reformas.Não queremos mais atrasos de vida.

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