Face ao descalabro anunciado, António Costa veio à televisão. António Costa é bom. Convincente, seguro, risonho. Claramente é o grande activo deste governo.
“A perspetiva esboçada é reformista e choca-se com o marxismo-leninismo, ideologia assumida pelo PCP. A nossa época não se assemelha à dos anos em que Marx e Lenin – em contextos históricos aliás diferentes – sem rejeitar a luta por reformas, iluminaram o fosso intransponível que separa o reformismo da atitude revolucionária. O marxismo não é estático. A grandeza do leninismo é identificável precisamente pela capacidade de Lenin para inovar como estratego e tático, mantendo uma fidelidade intransigente a princípios, valores e lições do marxismo. Não encontrei essa atitude nas páginas da Resolução [proposta para o XX Congresso, a realizar] dedicadas à política patriótica e de esquerda na luta pelo socialismo.” Quem isto escreveu chama-se Miguel Urbano Rodrigues. Foi, e calculo que ainda seja, jornalista. É militante comunista há mais de 50 anos. Foi fundador e director do matutino “o diário” (que o PCP manteve). Ideologicamente, é ortodoxo. Rigidamente ortodoxo, como demonstrou ao ...
Costa e Sócrates são "farinha do mesmo saco". Ambos perante um país em chamas só conseguem arvorar um sorriso estulto e dizer que está tudo no melhor dos mundos. A realidade é que se engana, eles estão certos. Com Sócrates assistimos ao desbaratar completo que as oportunidades criadas pelas taxas de juro baixas e a presença no Euro (moeda) permitiam. Tudo se traduziu em negócios sem valor acrescentado e negociatas com valor acrescentado para os bolsos de alguns, e redundou num país falido. Lá veio Passos Coelho, soldadinho obediente dos alemães; fez o que estes mandaram para recuperar o crédito e voltar a ter dinheiro. Pode-se discordar com ele e com os alemães, mas não se pode pensar que uma moeda como o Euro sobrevive sem o poder alemão por detrás e a garantia de fidúcia e restrição que esta oferece. I.e. o Euro é Alemanha, se queremos estar no Euro temos que defender uma moeda forte e seguir a Alemanha. Daqui não há retorno. A alternativa é sair do Euro. Mas enquanto,...
É possível que Donald Trump seja um bom pai de família. E que saiba comer à mesa. Que não mastigue de boca aberta, que não coce o cabelo com o garfo, que não arrote nos intervalos entre os pratos. Mas é certo que a personagem, na sua aparência, não é atraente. O casaco, ou sobretudo, tipo fraque, a gravata que lhe vai às partes, o tom alaranjado da pele, o penteado que já foi parecido com um ninho de pássaro e que agora se apresenta mais alisado… E há o modo como fala, ligeiramente inclinado para a frente, como se fosse cuspir palavras mais acesas contra os seus interlocutores. Nota-se, no entanto, que anda divertido. O que não lhe diminui a arrogância e a sobranceria, típicas de quem não terá tido de depender muito dos outros no seu percurso de poder. Trum foi eleito, respeitados os mecanismos do sistema político presidencialista dos EUA, presidente de um dos países maiores e mais fortes do planeta. O que anunciou e o que já parece ter decidido, em termos políticos, agitou m...
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